Feriado

Não importa a nota baixa
Não importa a correria
Em semana que tem feriado
Todos esperam o grande dia

O cansaço acumulado
Do eterno vem e vai
Se chega o feriado
O cansaço se esvai

Independência, finados
Também dia das crianças
Feriados diferentes
Mas com suas semelhanças

Você acorda tarde
Coisa que há tempos não fazia
Mas relaxe, é feriado
Puxa vida, que alegria!

E se ele for prolongado
Muito bom, melhor ainda
Mas como toda alegria
O feriado também finda

Sempre volta a segunda
E a rotina disparada
Mas você está satisfeito
E com energia renovada




Escrito em 28 de março de 2005

Metalinguagem

Estou aqui novamente
Da minha vida a falar
Poesia é meu escape
Nela posso desabafar

Minha vida não esteve
Nada fácil ultimamente
Mas a poesia me guiou
E organizei minha mente

Agora me sinto tranquilo
Estive aflito a tôa
Pra curar minhas paranóias
Bastava eu ficar de boa

Porém antes de conseguir
Fazer isso acontecer
Minha mente precisava
Esvaziar e espairecer

Já não penso em tanta coisa
Apenas coisas do dia a dia
Mas não sei se seria possível
Sem a ajuda da poesia

Poesia meu escape
Poesia meu chamariz
Poesia minha salvação
Poesia me faz feliz




Escrito em 28 de março de 2005

Preciso?

Preciso de alguém
Será isso verdade?
Ou estou mal-acostumado
Qual a minha necessidade?

Num passado nada distante
Eu sei que fui muito feliz
Viver pra sempre naquele momento
Isso era tudo o que eu quis

Dizem que o que é bom
Geralmente dura pouco
Mas se não houver uma estabilidade
Eu vou acabar ficando louco

Mas será que é necessário
Realmente imprescindível
Ou não preciso de verdade?
Esta dúvida me é terrível

Por que é tudo tão dificil?
Vejo as situações as quais me sujeito
Será que isso me é proibido?
Será que estou agindo direito?

Estudo, lar, família
Falo até outro dialeto
Por que tendo isso tudo
Ainda me sinto incompleto?

O que dizia Raul Seixas
Pode estar certo talvez
Disse que ninguém nesse mundo
É feliz tendo amado uma vez

Talvez eu não precise
Mas realmente quero pra mim
Alguém pra ser minha parceira
Pra seguir comigo até o fim




Escrito em 22 de março de 2005

Quem é ela?

Quem é ela, que anda entre amigos
Que parece não ter inimigos
Que tem tranquilidade no andar

Quem é ela, que assim de repente
E também despercebidamente
As vezes pego a me olhar

Quem é ela, que todo dia é certo
Que estará sempre por perto
Mesmo sem reparar

Quem é ela, que não sei o que sente
Mesmo vivendo no mesmo ambiente
O que ela estará a pensar?

Quem é ela, que eu não conheço
E ainda assim não me esqueço
Fico somente a imaginar

Será ela a mulher que procuro
Meu futuro ainda obscuro
Só me resta tentar




Escrito em 21 de março de 2005

Cantada

Será que devo me aproximar
O que para ela irei dizer
Como agir, irei eu saber
Será que de mim ela vai gostar

Que impressão de mim ela deve ter
Ela estará disposta a conversar
Na hora será que vou gaguejar
Não quero inseguro parecer

É sempre assim desse jeito
Aquele aperto no peito
A eterna insegurança

Mas com coragem e persistência
Na cantada dou sequência
E permanece a esperança




Escrito em 18 de março de 2005